História da SOBRAC

O que é a SOBRAC e qual é a sua história?

A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), antigo Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica (DAEC), é uma entidade médica sem fins lucrativos afiliada à Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Os objetivos primordiais da SOBRAC são normatizar todas as atividades relacionadas às arritmias cardíacas no Brasil assim como promover o desenvolvimento científico e a valorização profissional da especialidade*.

A idéia de criar um grupo de estudos em arritmias cardíacas surgiu em 1983 durante o Simpósio Nacional de Arritmias Cardíacas, realizado em Salvador, Bahia. Nesta ocasião, por iniciativa de um grupo de cardiologistas eminentes que periodicamente promovia reuniões cientificas da especialidade, foi escolhida uma comissão para planejar a fundação da entidade.

Em novembro de 1984, sob a égide da SBC, foi realizado no Rio de Janeiro, o I° Simpósio Brasileiro de Arritmias Cardíacas, durante o qual foi oficializada a criação do Grupo de Estudo de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial e a inclusão de seus simpósios no calendário oficial de atividades científicas da SBC. Ficou estabelecido que a partir de janeiro de 1985 seriam eleitas diretorias com mandatos anuais.

Em 1988, durante o Simpósio de Goiânia, foi sugerida a mudança do Grupo de Estudos para Departamento de Arritmias Cardíacas e Eletrofisiologia Clínica (DAEC). A homologação oficial da SBC, entretanto, só ocorreu em 27 de julho de 1989, durante o XLV Congresso da SBC, no Rio de Janeiro/RJ, quando foi realizada a I Assembléia Geral Extraordinária do DAEC. Nesta ficou decidido que a secretaria e a tesouraria passariam a funcionar junto à SOCESP, em São Paulo/SP e que anualmente seria realizado o Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas.

Também foi acordado que o mandato da diretoria passaria a ser de 2 anos e que todos os esforços deveriam ser concentrados pelas gestões futuras no sentido de fixar, o mais breve possível, uma sede com estrutura logística especifica para o DAEC. Isto, entretanto, só pode ser realizado em 2001, quando na cidade de Brasília foi criada uma secretaria bem estruturada, uma home page e uma entidade jurídica para responder aos interesses operacionais e financeiros do DAEC (CNPJ próprio).

Em setembro de 2005, na Assembléia Geral Extraordinária do DAEC realizada durante o 60° Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em Porto Alegre /RS, foi homologada a mudança para Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), quando foi aprovado um novo estatuto social. Um mês após, a SOBRAC fixou sua sede em São Paulo, no Bairro do Aeroporto e ampliou ainda mais sua estrutura logística.

Durante o ano de 2006, dentre várias atividades cientificas realizadas, foi criado o Programa de Educação Continuada (PreCon), ligado à SBC e SOCESP, cuja finalidade é difundir e harmonizarcondutas na área de arritmias cardíacas, por todo o território nacional. Nesse período também foi instituído um programa de recadastramento e inclusão de novos associados, que concluído em dezembro de 2006 totalizou cerca de 700 membros efetivos.

De 2006 a 2009 o Precon foi expandido com edições em todas as regiões do Brasil. Além disso, visando a aumentar a conscientização da população leiga para o importante problema das arritmias e morte súbita, foi criada em 2007 a campanha nacional de prevenção da morte súbita intitulada CORAÇÃO NA BATIDA CERTA. Nesse aspecto, anualmente, no dia 12 de novembro ocorre a grande mobilização nacional. Atualmente, durante os Precons ocorrem atividades da campanha destinadas ao público leigo.

Por fim, a Sobrac ampliou suas atividades educacionais com os Cursos de Reciclagem em Eletrofisiologia Cardíaca e Ritmologia, além da série de livros Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas. Cientificamente, a SOBRAC produziu o pioneiro Registro Brasileiro de Ablação de Fibrilação Atrial.

Nota sobre associação do público leigo

Informamos que a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), é uma entidade médica sem fins lucrativos, afiliada à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cujo objetivo de atuação é a normatização de atividades relacionadas às arritmias cardíacas no Brasil, promoção do desenvolvimento científico e a valorização do profissional desta especialidade.

Desta forma, apenas profissionais médicos e aliados podem se associar à entidade, não sendo possível a adesão da população leiga para estes fins. Para estes públicos, a Sociedade atua com ações educativas para o esclarecimento das arritmias cardíacas e seus tratamentos, por meio de comunicações em seu site, mídias sociais e pela Campanha Coração na Batida Certa.

Para mais informações sobre as atividades da SOBRAC, acesse o nosso estatuto: https://sobrac.org/home/?page_id=1840

* Textos Normativos Publicados pelo SOBRAC

 

1. Indicações para Estudos Eletrofisiológicos e Ablação por Cateter de Arritmias Cardíacas. Recomendações do DAEC da SBC. – Arq Bras Cardiol 1995 64 (2): 149-51.

2. Recomendações do Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica (DAEC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Indicações de Implante de Marcapasso Definitivo, Escolha do Modo de Estimulação e Indicações para Implante de Desfibrilador-Cardioversor Automático. – Arq Bras Cardiol 1995 64 (6): 579-83.

3. Estudo Eletrofisiológico e Ablação de Arritmias Cardíacas Utilizando Radiofreqüência. Parecer Técnico do Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica (DAEC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia. – Arq Bras Cardiol 1995 64 (6): 585.

4. Orientações a Respeito das Interferências sobre Marcapassos Cardíacos. – DECA – DAEC – 1996. – Arq Bras Cardiol 1997 68 (2): 135-142.

5. Implante de Cardioversor-Desfibrilador Interno (CDI) – Parecer da Comissão Técnica Designada pelo Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica (DAEC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 1998. Arq Bras Cardiol 1998 70 (6): 457-458.

6. Diretrizes para o Implante de marcapasso Cardíaco Permanente. Arq Bras Cardiol 2000 74: 475 – 480.

7. Diretrizes para Avaliação e Tratamento de Pacientes com Arritmias Cardíacas. Arq Bras Card 2002 79 (5): 1 – 50.

8. Normatização dos Equipamentos e Técnicas de Exame para Realização de Implante de Marcapassos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo: v.79, n.3, p.326 – 326, 2002.

9. Diretriz de Fibrilação Atrial. Arq Bras Cardiol 2003 81 (VI): 1 – 24.

10. Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI)

Arq Bras Cardiol 2007; 89 (6): e210-e238.

11. Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial

Arq Bras Cardiol 2009; 92 (6 supl. 1): 1-39

12. Ablação da Fibrilação Atrial no Brasil. Resultados do Registro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

Arq. Bras Cardiol 2007;89(5):258

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